Em curso
A empreitada tem por objeto a execução de todas as obras de construção civil da nova central hidroelétrica de Venda Nova, situado junto à confluência do rio Cávado com o rio Rabagão, no Concelho de Vieira do Minho, Distrito de Braga.
Os trabalhos compreendem, nomeadamente, a câmara dos grupos, câmara dos transformadores, câmara das comportas, túneis do circuito hidráulico, chaminés de equilíbrio, tomada de água na albufeira de Venda Nova, restituição na albufeira de Salamonde, ensecadeiras temporárias, túneis de saída de energia, túneis de acesso e de ataque, edifício de apoio e posto de corte, acessos, arranjos exteriores, recuperação paisagística e todos os trabalhos preparatórios, acessórios e complementares relacionados com a mesma.
A Tomada de água é constituída por um bocal, dotado de uma grade fixa, e por uma estrutura destinada ao abrigo e manobra das comportas, afastada de cerca de 65 m da tomada de água de Venda Nova II existente.
O Túnel em carga tem uma inclinação de cerca de 13,81 %, em toda a sua extensão de 2840,0 m, e uma secção transversal do tipo circular modificada com diâmetro característico de 12,0 m, não revestida.
A Chaminé de equilíbrio superior, constituída por dois poços verticais de ligação entre o túnel em carga e o poço da chaminé propriamente dito, tem uma altura total de cerca de 400 m, cuja ligação à superfície se realiza através de um reservatório que constitui uma câmara de expansão. Entretanto, a Chaminé de equilíbrio inferior é constituída por um poço vertical e dotada de uma câmara de expansão em túnel.
O Túnel de restituição sub horizontal com extensão total de 1375,5 m, conta com um ponto baixo intermédio onde se encontra a instalação destinada ao seu esvaziamento, e um trecho final com inclinação ascendente a 15%, e com secção transversal do tipo circular modificada, não revestida, idêntica à do túnel em carga.
A restituição é constituída por um bocal e por uma soleira de controlo do escoamento na sua ligação ao leito do rio Rabagão, implantada cerca de 120 m a montante da restituição de Venda Nova II.
O canal escavado no leito do rio Rabagão destina-se a garantir as adequadas condições de alimentação em bombagem. O talvegue do canal foi fixado à cota (255,00), tendo-se adotado larguras a esta cota de 32 m, entre a nova restituição e a de Venda Nova II, e de 35 m, a jusante desta última, ao longo de uma extensão de cerca de 250 m.
Os dois grupos previstos para a central de Venda Nova III serão reversíveis, de eixo vertical, cada um constituído por uma turbina-bomba de um só andar e por um alternador-motor síncrono diretamente acoplado.
Atendendo à decisão de divisão do caudal a instalar (200 m3/s) por dois grupos, a sua potência unitária foi fixada em 373 MW à saída do veio da turbina, a que, pelos critérios de projeto, corresponderá um alternador-motor de 418,5 MVA.
A potência máxima instalada dos dois grupos é de 751 MW.