História

1946 – Em 29 de junho, Manuel António da Mota e seu cunhado Joaquim da Fonseca fundaram, em Amarante, a Mota & Companhia. Nesse mesmo mês e ano criou a sucursal em Angola onde iniciou e desenvolveu, exclusivamente até 1974, as suas atividades, primeiro na área de exploração e transformação de madeiras e depois, a partir de 1948, cumulativamente, na área de Construção e Obras Públicas.

1948 – Foi adjudicada a execução do Aeroporto Internacional de Luanda, que se tornou, assim, a primeira grande obra a ser levada a cabo naquele país e que serviu de referência para a atividade da empresa nos anos subsequentes.

1952 – A 3 de setembro de 1952, é fundada, pelo Eng. Fernando José Saraiva e pelo Sr. António Lopes de Almeida, a Engil, Sociedade de Engenharia Civil Lda. A primeira construção realizada pela empresa foi um 5.º andar e uma mansarda, num prédio da Rua Augusta, em Lisboa.

1953 – Decorrente da sua atividade, a partir deste ano, entraram para a empresa novos sócios, nomeadamente os Engenheiros Simões Cúcio e António Valadas Fernandes. Pode dizer-se que há neste período uma refundação da Engil, tendo o Eng. Valadas Fernandes tomado em mãos o destino da empresa.

1961 – A adjudicação da Escola Industrial e Comercial de Castelo Branco é a primeira obra fora da região de Lisboa, sendo de realçar também a construção, em Mirandela, da Ponte sobre o Rio Tua. Esta diversificação levou à criação, já em 1969, de uma Delegação Norte, na cidade do Porto.

1969 – Com a celebração do contrato com a Siemens-Baunnion a Engil adquiriu, em exclusivo para Portugal, a patente do sistema de cofragens deslizantes Siemcrete, o que lhe permitiu executar, a partir desta data, inúmeras grandes obras de silos e chaminés.

1975 – Início da atividade na Namíbia com a construção da Barragem de Dreihuk; no Bophuthatswana com a construção das infraestruturas do grande empreendimento Sun City e da estrada Matooster – Bierkraal e, posteriormente, na Swazilândia, com a construção da estrada Lonhlupheko – Lomahasha. Fora iniciado o processo de internacionalização da Mota & Companhia.

1976 – A adjudicação da pequena obra hidráulica referente à Barragem de Lucefecit, no Alentejo, a Mota & Companhia começou a trabalhar em Portugal. Subsequentemente logrou obter o seu primeiro grande contrato de obra pública, traduzido na empreitada de Regularização do Baixo Mondego. Esta empreitada e as provas dadas pela empresa lançaram a Mota & Companhia no caminho dos grandes projetos de obras públicas de toda a espécie, vindo a tornar-se, rapidamente, na terceira maior empresa do ramo no país.

1978 – Em associação com a empresa Retosa, com sede em Caracas, na Venezuela, participou, durante dois anos, na construção de fábricas e da Barragem do Guri, naquele país. No entanto, uma conjuntura económica menos favorável levou a que o processo de internacionalização fosse interrompido, só sendo retomado anos mais tarde.

1980 – A Mota & Companhia manteve e expandiu as suas operações na República Popular de Angola, tendo neste ano criado, em associação com o Governo de Angola, a empresa de Construção de Terraplenagens Paviterra, UEM. Estas duas empresas foram, durante muitos anos, as únicas estruturas empresariais de construção de Obras Públicas em Angola.

1987 – Em agosto, a Mota & Companhia transformou-se, de sociedade por quotas limitada, em sociedade anónima, com posterior dispersão de 12% do seu capital pelo público e admissão ao Mercado Oficial das Bolsas Portuguesas.

1987 – A evolução do mercado de obras públicas e privadas e a necessidade de diversificação de atividades levou à criação desta sociedade, com a aquisição, nos anos subsequentes, das empresas Sociedade de Empreitadas Adriano (1988), Gerco-Sociedade de Engenharia Eletrotécnica, SA (1990) e Ferrovias e Construções (1991).

1987 – Pela sua dimensão e características técnicas, a construção da Barragem do Alto do Lindoso é um marco na história das grandes obras construídas pela Engil.

1989 – Com a entrada no mercado de Angola, neste ano, reiniciou-se o processo de internacionalização, que teve continuidade em 1993, em Moçambique, em 1994, na Alemanha e, em 1998, no Peru (aqui em parceria com a Mota & Companhia).

1990 – O processo de diversificação abrangeu, para além do desenvolvimento programado da sua área de construção civil, outras atividades direta ou indiretamente relacionadas com a construção ou dela complementares, e ainda atividades de tipo diverso, para cujo exercício circunstâncias acidentais criaram oportunidades particularmente atrativas e consistentes.
Destacam-se os negócios nas áreas de Promoção Imobiliária, Sinalização de Estradas, Pré-Fabricação de Elementos Estruturais, Produtos Cerâmicos, Massas Asfálticas, Comercialização de Veículos e Equipamentos de marcas acreditadas, Transporte Marítimo e Indústria de Tintas.

1994 – É adjudicada a construção da Ponte Vasco da Gama, em Lisboa, ao consórcio em que a empresa participa. Na prossecução da diversificação de negócios foi feita a aposta na área das Concessões, através da associação em novas unidades societárias criadas para o efeito, com outras empresas adequadamente qualificadas, tanto do ponto de vista técnico como financeiro. Daí surgiu a Lusoponte, como empresa concessionária das travessias rodoviárias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira.

1999/2000 – No decurso do ano 2000, os dois grupos empresariais Mota e Engil fundiram-se criando o Grupo Mota-Engil, aglutinando culturas empresariais distintas e complementares irmanadas pelos mesmos sentidos de ambição e sucesso.

2002/2003 – Dá-se início à estratégia de diversificação, com especial ênfase nos setores das concessões de transportes e ambiente e serviços. A fusão das empresas Mota & Companhia, SA; Engil – Sociedade de Construção Civil, SA e Mota-Engil Internacional dá origem à criação da maior construtora portuguesa, a Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA.

2003 – Após o complexo processo jurídico de fusões-cisões, fusões por incorporação e aumentos de capital, ficam definidas quatro áreas de negócios autónomas. A Mota-Engil SGPS passa a agregar quatro áreas de negócios distintas (para além de deter diretamente o capital da Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA) que definem a estratégia do Grupo: a Mota-Engil, Concessões de Transportes, SGPS, SA; MEITS – Mota-Engil, Imobiliário e Turismo, SA; Mota-Engil, Ambiente e Serviços, SGPS, SA e a Mota-Engil, Engenharia e Construção, SA.

2004 – Continuação da uma política de obtenção de sinergias na área da Construção, na qual se incluiu a fusão por incorporação de diversas associadas na Mota-Engil Engenharia. Em termos internacionais, assiste-se a um reforço da carteira de encomendas na Europa Central e é constituída a Mota-Engil Polska, a quarta maior construtora a operar na Polónia. Ano também assinalado pela saída de colaboradores, com idades entre os 40 e 60 anos de idade, ao abrigo do Programa Voluntário de Redução de Efetivos implementado pelo Grupo, no sentido de incrementar a produtividade e maior flexibilidade orgânica e funcional. A Empresa incorporou as sociedades Imoengil – Sociedade Imobiliária, S.A., Ornamag – Mármores e Granitos Ornamentais, S.A., Armando Duarte, Lda., Gerco – Sociedade de Engenharia Electrotécnica, S.A. e Siltei – Aluguer de Máquinas e Equipamentos, S.A.

2005 – Consolidação da fusão da Mota-Engil tendo-se criado uma cultura empresarial baseada nas melhores características de cada uma das antigas empresas.

2006 – Comemoração dos 60 anos da Mota-Engil e aquisição de um novo modelo de gestão, organizado por Unidades de Mercado e Áreas de Apoio, com o objetivo de corporizar uma empresa de cariz supranacional.

2007 – Celebração de uma década de presença na Europa Central e a aposta neste mercado em expansão intensifica-se. Entretanto, Angola continua a crescer a um ritmo alucinante.

2008 – Adoção de um novo modelo de gestão, privilegiando o reforço das competências tecnológicas, a transversalidade dos processos de gestão nucleares e a agregação por Mercados e Negócios. Definiu-se também uma nova Missão, Visão e Valores, no âmbito do “Plano Ambição 2013” do Grupo Mota-Engil. O ano fica ainda marcado pela fusão, por incorporação, da Maprel na Qualibetão, dando origem à empresa Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados.

2009 – Conclusão da Ponte 4 de abril, em Angola e Ponte Armando Emílio Guebuza, em Moçambique. Assiste-se também a uma forte aposta na cultura de pertença da empresa sob o lema SOMOS O QUE FAZEMOS. A fusão das empresas Soprocil – Sociedade de Projectos e Construções Civis, S.A, Geogranitos – Pedreiras de Amarante, Lda. e Timoz – Transformadora Industrial de Mármores de Estremoz, Lda. na Mota-Engil Engenharia é outro dos acontecimentos a registar neste período.

2010 – Crescimento da Mota-Engil Engenharia em Moçambique; consolidação da Mota-Engil Central Europe com resultados históricos; implementação da Mota-Engil Angola em parceria com um consórcio de empresas angolanas lideradas pela Sonangol; aquisição da empresa mexicana Idinsa; mudança de identidade da Translei para Mota-Engil Peru e também a abordagem dos mercados do Brasil e da Colômbia.

2011 – A Mota-Engil Engenharia foi considerada a 5.ª maior exportadora nacional (revista Exame), 1.ª exportadora de serviços (prémio Coface/Mckinsey e BES) e 20.ª maior empresa de Portugal (1000 maiores revista Expresso). Além-fronteiras, a empresa foi também considerada a 30.ª maior no setor da construção a nível europeu (European Power of Construction Deloitte 2010) e a 73.ª maior empresa do mundo da construção (Top 225 international contractorswww.enr.com). Crescimento significativo da atividade da empresa no Peru e no México. Em Portugal, destaque para a conclusão do Fórum Sintra e do Novo Museu dos Coches, em Lisboa.

2012 – A Empresa esteve novamente envolvida em dois processos de Fusão por Incorporação, tendo incorporado no primeiro processo as sociedades, das quais era única acionista/ sócia, Ferrovias e Construções, S.A., Mota-Engil, Pavimentações, S.A., CPTP – Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários e Construções, S.A., Tracevia – Sinalização, Segurança e Gestão de Tráfego, Lda., Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados, Sociedade Unipessoal, Lda. e Rentaco – Equipamentos de Construção, Transportes, Combustíveis e Serviços, Sociedade Unipessoal, Lda. e no segundo processo de fusão incorporou a empresa Tecnocarril – Sociedade de Serviços Industriais e Ferroviários, Lda.. Através do guião estratégico “Ambição 2.0” do GRUPO MOTA-ENGIL, e com base nas diversas mudanças organizacionais ocorridas durante este ano, foi delineado um caminho no qual a internacionalização e a diversificação continuam a ser os principais eixos de orientação da empresa.

2013 – Com presença marcada em três continentes, Europa, África e América, e empresa continuou a apostar nos recursos da empresa e nas áreas de cariz especializado que detém como as Fundações, Geotecnia, Pavimentações, Prefabricados, Betões, Eletromecânica, Intelligent Transportation Systems (ITS), Equipamentos, Alugueres e Transportes, Pré-Esforço, Agregados e Rochas Ornamentais. Em Portugal, destaque para a requalificação do Mercado do Bom Sucesso, no Porto, projeto distinguido pelo troféu de Melhor Intervenção de Serviços e Comércio do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana. No âmbito do novo Modelo Organizacional do GRUPO MOTA-ENGIL definido por áreas geográficas, a Empresa esteve envolvida no processo de Cisão-Fusão, do qual resultou a cisão de parte do seu património, o qual correspondia ao ramo de atividade de construção civil e obras públicas que a Empresa vinha desenvolvendo no continente Africano e integração por fusão desse património na Mota-Engil Engenharia e Construção África, S.A

2014 – Com sinais de recuperação no mercado nacional, é importante sublinhar a conclusão dos trabalhos da rede de estradas da Concessão do Pinhal Interior, assim como do Novo Bus Gate Norte e da Ampliação dos Terminais de Bagagem no Aeroporto de Lisboa. Este foi também um ano de forte crescimento da atividade na América Latina.