Urbanas

Jardim de Santa Luzia (Torreão)

2004

A requalificação do Jardim do Torreão, agora Jardim de Santa Luzia, transformou um espaço fechado e sombrio num amplo espaço verde na cidade do Funchal, no arquipélago da Madeira. A intervenção durou cerca de um ano e ficou muito próxima dos 4 milhões de euros.

A empreitada consistiu na execução de um Jardim, com os seguintes principais trabalhos: limpeza do terreno; escavações e aterros; muros de pedra; estruturas em betão armado; estrutura metálica; acabamento de muros de suporte de betão; degraus em laje de basalto; anfiteatro; pavimentos; rede de drenagem; elementos de água; equipamento infantil; mobiliário urbano; rede de rega e revestimento vegetal.

A estruturação e compartimentação que foi adotado para a zona verde pretendeu adaptar o programa e conceito de projeto às características do local, aproveitando as aptidões e oportunidades do terreno e considerando, simultaneamente os seus condicionalismos. Sendo assim, surgiram três zonas distintas devido ao relevo e estruturas existentes: zona sul, plataforma superior e plataforma inferior.

As três zonas permitiram a criação de cinco jardins que, no seu conjunto, constitui o Jardim Público: Jardim da Laurissilva; Jardim dos Socalcos; Jardim da Água; Jardim Tropical; Jardim do Anfiteatro.

Jardim da Laurissilva – alusão à floresta Laurissilva e às plantas indígenas da Madeira. Em paralelo, corre um pequeno canal que reporta às levadas que transportam a água para irrigar os socalcos.

Jardim dos Socalcos – recriação dos poios tradicionais e culturas dominantes, como a bananeira e a vinha.

Jardim da Água – representação do relevo acidentado e das quedas de água. O basalto presente nos muros de pedra aparelhada e a água reforçam as características da paisagem madeirense.

Jardim Tropical – referência às quintas madeirenses e à fito-diversidade nelas presentes.

Jardim do Anfiteatro – espaço mais recôndito e isolado do jardim rodeado por uma grande variedade de árvores e arbustos que proporcionam um colorido especial e alguma sombra. Condições propícias à realização de espetáculos culturais e outras atividades ao ar livre.

Em 2005, no âmbito do Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista foi atribuído ao jardim uma menção honrosa, na categoria de Espaços Exteriores de Uso Público, projectado pelo arquitecto paisagista Luís Paulo Ribeiro – TOPIARIS.