1992-1994

Integrado na empreitada do sublanço Cruz-Braga, da A3-Porto/Valença, o Viaduto em questão vence o vale do Labriosque a uma altura máxima da ordem dos 45 m acima do terreno. Os trabalhos desenvolveram-se ao longo de dois anos e ascenderam a 7 milhões de euros.

A superestrutura do viaduto é contínua em toda a sua extensão e é constituída por dois tabuleiros com uma largura total de 28,2 m. Cada um deles é constituído por duas vigas longitudinais de 3,0 m de altura, em betão armado pré-esforçado, ligadas pele laje, em betão armado, da plataforma e por carlingas pré-esforçadas. Cada tramo está dotado de carlingas nos apoios e de duas carlingas em vão. Os tabuleiros têm dois tramos extremos de 32,00 m e 23 tramos intermédios de 40,00 m.

Os pilares têm fustes em betão armado, de secção transversal derivada de um H, existindo apenas um por eixo de apoio de cada tabuleiro. O seu coroamento é pré-esforçado na direção transversal. A geometria dos pilares, no seu coroamento, foi especialmente estudada para, sem perder de vista o seu aspeto estético, poder acomodar os cimbres e restantes equipamentos necessários à construção dos tabuleiros com cimbres auto-lançáveis. As fundações da maior parte dos pilares são indiretas, realizadas por estacas de 1,2 m de diâmetro atingindo a profundidade média de 12 m. Apenas as fundações de seis pilares e as dos encontros foram diretas.

A estrutura foi integralmente betonada in situ. Os tabuleiros foram construídos tramo a tramo sobre um par de cimbres inferiores auto-lançáveis trabalhando pela parte inferior dos tabuleiros. Esses cimbres apoiavam à frente nos pilares e na parte traseira eram suspensos dos tabuleiros. Os cimbres foram lançados por entre os ramos superiores dos pilares, encontrando-se os dispositivos de apoio e rolamento apoiados nas travessas superiores. Os movimentos de abertura e fecho dos laps e de posicionamento dos cimbres foram todos realizados com recurso a macacos hidráulicos. A obra encontra-se situada numa zona de fraca sismicidade.